Jeffrey Dahmer é um dos mais famosos serial killers de sempre e é um caso muito inquietante para a psicologia forense/criminal. Os seus crimes hediondos - terá morto 17 pessoas ao longo de 13 anos - chocaram a América e o mundo, e revelaram perturbações psicológicas gravíssimas.
O caso Dahmer foi o grande responsável pelo gigante interesse por crimes reais na América.
Primeiros tempos
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Jeffrey Dahmer nasceu em 1960, em Milwaukee, nos Estados Unidos da América. Era uma criança energética e geralmente feliz, mas, ao chegar à adolescência, os colegas começaram a perceber que era diferente. Os professores viam sinais de abandono e de falta de atenção, devido aos problemas mentais graves da sua mãe, que tentou suicidar-se várias vezes, e à atenção do seu pai, totalmente virada para a sua mulher.
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O interesse excessivo por animais mortos foi o primeiro desvio que afetou Dahmer. Pode ter começado muito cedo, quando, aos quatro anos de idade, viu o seu pai a tirar ossos de animais. O pai contou que Dahmer ficou "estranhamente emocionado" com o som que os ossos faziam. Um amigo contou também que Dahmer lhe explicou que estava curioso para saber como os animais “se encaixam”. Estes indícios iniciais podem ser vistos como possíveis marcas de uma personalidade doentia em formação, mas também apontam para a necessidade de uma intervenção precoce.
Aos 14 anos, Jeffrey começou a chocar os seus colegas da escola por beber cerveja nas aulas e grandes quantidades de bebidas brancas durante o dia. Era alcoólico. Nessa altura, terá também descoberto que era homosexual, mas decidiu que não iria partilhar a informação com ninguém. Teve o seu primeiro namorado (da sua idade) e, mais tarde, admitiu que tinha fantasias de dominação e controlo do seu parceiro.
De acordo com as reconstituições psicológicas que foram feitas sobre Dahmer, terá sido aos 16 anos que teve a sua primeira fantasia com um corpo inconsciente (um distúrbio mental chamado: necrofilia).
Nessa altura, planeou matar um homem que fazia todas as manhãs o mesmo trajeto a correr. Mas, por sorte, o homem não apareceu quando Dahmer esteve à sua espera.
Em 1978, depois de acabar a escola, os seus pais divorciaram-se e deixaram-no sozinho. Foi nesta altura que Dahmer matou pela primeira vez. Steven Hicks, um rapaz de 19 anos, estava a pedir boleia para ir a um concerto e Dahmer atraiu-o para sua casa prometendo-lhe cerveja. Quando Steven quis ir-se embora, Dahmer atacou-o e estrangulou-o até à morte, tendo depois abusado do seu cadáver.
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Nesse mesmo ano, alistou-se no Exército dos Estados Unidos, como médico especialista de combate. Em 1981, foi dispensado por mau comportamento e abuso de substâncias e foi viver com a sua avó para o Wisconsin.
De certo modo, o seu comportamento alterou-se devido ao carinho e à influência da sua avó. Mas, rapidamente, tudo descambou e as suas atitudes doentias e fantasias regressaram.
Começou a frequentar bares e saunas para homossexuais e a atrair homens para sua casa. O seu “plano de ação” foi semelhante com todas as vítimas: juntava estupefacientes às bebidas e os homens ficavam inconscientes. Depois, aproveitava-se dessa vulnerabilidade para abusar deles.
Dahmer guardava os restos mortais das vítimas e comia-os. Era canibal, o que demonstra um desvio extremo da norma social e moral. A análise psicológica desses atos revela uma desconexão profunda entre os seus processos cognitivos e a moralidade convencional, bem como uma ausência de empatia e remorso.
No total, matou 17 homens e foi condenado a 16 penas de prisão perpétua. Acabou por ser morto numa prisão de segurança máxima em Wisconsin, em 1994. As suas ações revelam uma percepção profundamente distorcida da realidade e um completo desrespeito pela vida humana.
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Webgrafia:
https://www.britannica.com/biography/Jeffrey-Dahmer
https://www.nytimes.com/1991/08/07/us/clues-to-a-dark-nurturing-ground-for-one-serial-killer.html
( caso seja extremamente sensível, não leia esta carta de propriedade. )
Dezembro 2023